terça-feira, 5 de julho de 2011

Bariloche

Penso que melhor se forma uma família para tentar matar a orfandade de que cada um sofre desde que nasce. Por isso me sentia tão só quando via como mamãe levava sopa e pão ao velho e ele não a olhava nos olhos, muito concentrado na chaminé como que imaginando sua própria fogueira, tentando se acostumar às chamas ainda que fosse com os olhos que negava à mamãe. Todos nos sentíamos muito sós.

(...)

Neuman, Andrés. Bariloche. Barcelona: Anagrama, 1999. Colección Compactos. p. 113. (tradução nossa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário