quinta-feira, 30 de julho de 2009

Rapidinhas da semana (afinal, pra que ficar enrolando?)

Quando você escreve um texto, engaveta-o, desengaveta, relê, tenta alterar
algo mas não consegue, é sinal que ele não mais te pertence.

Os estudantes de Letras usam Bakhtin pra tudo, como se fosse um remédio,
como se fosse Bactrim.

Será que nesse controle remoto há um botão que faça aparecer alguém pra
conversar comigo?

Who's bad now, Michael?

Cena desoladora pós-desobrigatoriedade de diploma: o rosto dos estudantes
da Faculdade Casper Líbero, às 11 da noite.

Jornalista faz crítica literária em jornal sem ter diploma em Letras e
reclama qdo tiram a obrigatoriedade do diploma deles...

Vou entrar na moda hindu. Pra começar, tomando um Shivas Regal.





[pra encerrar, uma foto, sem motivo]



segunda-feira, 13 de julho de 2009

Maria, um blogue esquecido

Meu primeiro Blogue foi uma união com dois amigos da faculdade, e era o Maria, que anda abandonado, ninguém posta faz mais de ano. O nome fui eu quem deu. Maria é nome de mulher.

Um dos textos que eu postei na época se chama Dorinha, que segue:

Dorinha tinha lá uns putos no bolso. Exausta...
Viu uma padaria e entrou pois carecia de comer, por instinto ou para fins de curar ressaca. Da porta sentia o cheiro matinal do pãozinho quente e entrou na fila. Seu corpo ainda recendia ao cheiro do pecado do ontem-à-noite.
O baile-funk ainda martelava seus ouvidos, e aí ela se deu conta de que o pãozinho agora era vendido a quilo. Agora não duvidava de que o velho da padaria fizesse ela mastigar pedra pra poder ganhar mais dinheiro. E suas moedas, dos trocos, tão poucas...
- Me vê três cigarros soltos e uma caixinha de fósforo.
E Fiat Lux. Assim foi, desjejuando cigarros pelo caminho todo até em casa, onde, sem banho e sem pão, dormiu até as seis da tarde com martelos na cabeça.




Mas do que mais sinto falta nesse blogue é da companhia dos caras, o Roque e o Pato, grandes poetas, caras inteligentes, admiro-os muito, e caso você queira, pode acessar seus blogues clicando no nome dos caras.

Eles escrevem muito melhor que eu, eles devem sentir mais, e com certeza já leram muito mais, pra que pudessem atingir tanta fineza no escrever.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quem é esse cara?

Me perguntaram quem é o Rogerio Skylab, e por que eu falo tanto dele nas conversas.

Melhor que responder é pedir para a pessoa ouvir a música dele, ou melhor, ver sua performance ao vivo.

De qualquer forma:


Rogério Skylab nasceu em 1968 (ou 58, sei lá), no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira musical em 1992, e desde então, vem compondo canções que mesclam a cultura trash ao rock decadente. O humor e o nonsense sempre fizeram parte das composições de Skylab, aliado à sua excêntrica performance de palco. Ele começou a ficar famoso após ir sucessivas vezes ao Programa do Jô, e ao se tornar, cada vez mais, um nome circulante em sites de relacionamento e downloads na internet. O cantor e compositor costuma vender seus CD's independentes em bancas de jornal e a fazer shows em lugares inóspitos dos grandes centros urbanos para levar a sua não-mensagem a quem não tiver nada melhor a fazer e resolver ir a seu show. O som de Skylab remonta à cultura trash brasileira dos anos 80 com pitadas de ultra-romantismo bem-humorado e, na maioria das vezes, escatológico. A frequência dos temas relativos à cultura de massa, aos programas televisivos e aos dramas de classe-média o tornam uma celebridade anti-cult, que não faz a mínima questão de esconder uma personalidade sequelada por indícios de alienação mental (loucura), mesmo que, às vezes, isso pareça teatro puro. Como tradutor da cultura da grande mídia e das grandes celebridades, esta personalidade psico-neurótica de Skylab também pode ser vista como falsidade, porém sem querer ser levado à sério como o Projac quer, muito até pelo contrário. O escatologismo e o grotesco nas canções Skylabianas são alegorias da liberdade para se pensar, cantar e dizer a merda que bem quisermos, libertando-nos de qualquer comedimento moralista; talvez por isso Skylab atraia tanto o público jovem, saudosista do kitsch dos anos 80 brasileiro (de ursinho blau-blau, Palhaço Bozo, o yin-yang de Xuxa com Pelé e afins). Remontando aos textos de Rabelais, podemos defender que o cocô liberta de muita coisa, entre outras, da prisão de ventre. Canções como 'Carrocinha de cachorro-quente', 'Você é feia', 'Cu e boca', mostram nossos recalques, que achamos que não faz sentido e que deve ser rapidamente apagado da cabeça, de tão feio que é (imagina, dizer que cu e boca é tudo a mesma coisa...).



[o site dele: clique

e aqui, um vídeo dele cantando & encenando]





sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novíssimo Lexiglossário Propedêutico do Lucas


Separei para vocês duas entradas do meu dicionário:




Alefabetosm. 1. pessoa que sofre de Alefabetismo, ou Literacia (q.v. Literacia). 2. Diz-se da pessoa que esquece com frequência o nome das coisas, e que se comunica valendo-se excessivamente dos termos "negócio" e "coisa".



Literaciasf. 1. primeiro estágio do Mal de Aspargos, onde se dá o esquecimento da denominação de objetos e sentimentos. 2. perda da memória linguística, agramaticalismo progressivo.


rolou uma identificação?



[abaixo, um nanquim sobre papel + Photoshop de minha autoria]