terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Da banalidade da poesia

(Trecho extraído do Literaturwissenschaft Handbuch, 1972, de Arthur Hildebrand, grande estudioso da cátedra de Teoria Literária da Universidade de Munique, filólogo e espécialista na Althochdeutsch, aqui em tradução livre)

Ao reunir-se na mesma mesa dois bons dicionários de língua alemã, um dicionário de antonomásia e paronomásia, um dicionário de ideias correlatas, um dicionário de rimas e uma boa gramática descritiva, deduzimos que se torna completamente dispensável o trabalho de engenho do poeta, restando a este apenas a lavra de recolher as palavras de sua predileção (o que destarte se chamará o "estilo" do poeta) e montar o texto final, a que futuramente se denominará "poema".


Isso num tempo onde não se falava muito de "software", programas de computador, essas coisas.

2 comentários:

  1. Desculpe minha demora,
    mas agora retribuo a visita.

    É difícil achar blogs que tratem cultura de um modo mais erudito, sem ser pedante ou coisa parecida. Creio que o seu seja um desses.

    Que voltemos mais vezes a cada sítio.
    Daniel

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