terça-feira, 7 de julho de 2009

Quem é esse cara?

Me perguntaram quem é o Rogerio Skylab, e por que eu falo tanto dele nas conversas.

Melhor que responder é pedir para a pessoa ouvir a música dele, ou melhor, ver sua performance ao vivo.

De qualquer forma:


Rogério Skylab nasceu em 1968 (ou 58, sei lá), no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira musical em 1992, e desde então, vem compondo canções que mesclam a cultura trash ao rock decadente. O humor e o nonsense sempre fizeram parte das composições de Skylab, aliado à sua excêntrica performance de palco. Ele começou a ficar famoso após ir sucessivas vezes ao Programa do Jô, e ao se tornar, cada vez mais, um nome circulante em sites de relacionamento e downloads na internet. O cantor e compositor costuma vender seus CD's independentes em bancas de jornal e a fazer shows em lugares inóspitos dos grandes centros urbanos para levar a sua não-mensagem a quem não tiver nada melhor a fazer e resolver ir a seu show. O som de Skylab remonta à cultura trash brasileira dos anos 80 com pitadas de ultra-romantismo bem-humorado e, na maioria das vezes, escatológico. A frequência dos temas relativos à cultura de massa, aos programas televisivos e aos dramas de classe-média o tornam uma celebridade anti-cult, que não faz a mínima questão de esconder uma personalidade sequelada por indícios de alienação mental (loucura), mesmo que, às vezes, isso pareça teatro puro. Como tradutor da cultura da grande mídia e das grandes celebridades, esta personalidade psico-neurótica de Skylab também pode ser vista como falsidade, porém sem querer ser levado à sério como o Projac quer, muito até pelo contrário. O escatologismo e o grotesco nas canções Skylabianas são alegorias da liberdade para se pensar, cantar e dizer a merda que bem quisermos, libertando-nos de qualquer comedimento moralista; talvez por isso Skylab atraia tanto o público jovem, saudosista do kitsch dos anos 80 brasileiro (de ursinho blau-blau, Palhaço Bozo, o yin-yang de Xuxa com Pelé e afins). Remontando aos textos de Rabelais, podemos defender que o cocô liberta de muita coisa, entre outras, da prisão de ventre. Canções como 'Carrocinha de cachorro-quente', 'Você é feia', 'Cu e boca', mostram nossos recalques, que achamos que não faz sentido e que deve ser rapidamente apagado da cabeça, de tão feio que é (imagina, dizer que cu e boca é tudo a mesma coisa...).



[o site dele: clique

e aqui, um vídeo dele cantando & encenando]





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